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Os Supremos Tribunais como protagonistas na evolução do Direito

22 Nov 2024
As comitivas participantes da XII Conferência do Fórum dos Presidentes dos Supremos Tribunais de Justiça em Cabo Verde

Os Supremos Tribunais de Justiça devem assumir o seu papel de orientar o sistema judiciário e de uniformização da jurisprudência. Tal como devem ser protagonistas na evolução dinâmica do Direito, através de uma atividade interpretativa e integradora das regras, preencher vazios normativos e adaptar as leis existentes às novas realidades. Estas são as principais conclusões da XII Conferência do Fórum dos Presidentes dos Supremos Tribunais de Justiça dos Países e Territórios de Língua Portuguesa que se realizou nos dias 13 e 14 de novembro em Cabo Verde, na cidade da Praia.

A reunião teve a participação da delegação de Portugal, Secretariado Permanente do Fórum, de Cabo Verde, Presidência do Fórum, e das delegações de Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe Timor-Leste.

Tendo como tema central “A Eficiência dos Tribunais, Sociedades Pacíficas e Inclusivas e Desenvolvimento Sustentável”, as intervenções e os debates da conferência centraram-se em temas como o papel dos Supremos Tribunais de Justiça na realização do Direito, as novas tecnologias e os fins da eficiência e celeridade processual, a modernização dos tribunais, a criminalidade organizada e a cooperação judiciária internacional.

O Presidente do Supremo Tribunal de Justiça de Cabo Verde, Juiz Conselheiro Benfeito Mosso Ramos, situou o lema da Conferência, bem como a temática dos painéis, no contexto do atual papel dos tribunais na realização do Estado de Direito, realçando que, nas mais de duas décadas da sua existência, a marca de água do Fórum é o diálogo e o intercâmbio de experiências, o compromisso incondicional com o primado do Direito e a defesa intransigente da independência do poder judicial.

O Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, destacou o papel de Cabo Verde como representante de uma África de paz e de inclusão institucional. Evidenciou “a necessidade de se fomentar novos termos de intercâmbio, neste momento de crises da política e das políticas, em que vão fermentar mudanças nos paradigmas de governança”. Sublinhou também que “a inteligência artificial deve estar ao serviço da humanidade e que precisamos de tribunais fortes, desprendidos de labirintos kafkianos, traves-mestras eficientes na execução e eficazes nos resultados”.

Na sua intervenção, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça de Portugal, Juiz Conselheiro João Cura Mariano, destacou o papel dos Supremos como protagonistas da evolução dinâmica do Direito, conferindo relevo à tomada da decisão pelo Pleno dos juízes conselheiros das secções especializadas na respetiva matéria, alertando, no entanto, para “a prudência que deve rodear esta intervenção criativa”.

Com o objetivo de se promover iniciativas como a realização de estudos de direito comparado e ações de debate e de divulgação de temas jurídicos comuns, foi deliberada a criação de um site do Fórum pelo Secretariado Permanente em colaboração com o Superior Tribunal de Justiça do Brasil.

Foi deliberado, por unanimidade, que a presidência do Fórum para o ano de 2025, será assegurada por Macau, onde decorrerá a XIII Conferência.

 

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