Na véspera do dia em que se assinalam os 80 anos do nascimento da pintora Armanda Passos, o Supremo Tribunal de Justiça associa-se à celebração do seu aniversário e dá a conhecer a obra “ARCA”, em exposição permanente nesta Casa.
“Eu não os excluo, mas eles de facto não aparecem.” (Armanda Passos, referindo-se à figura masculina). É raro vermos um homem na obra de Armanda Passos. Raríssimo ser a figura central. Mas quis a artista inscrever a ouro o nome de NOÉ.
Quando Armanda Passos pintou as tábuas, dentro delas começaram a surgir os animais que seriam salvos pelo Homem. Armou-o de sangue, para que ele sentisse a dor da Terra. Armou-o de uma orelha maior, para que ele fosse o mais justo dos homens. Esperaram sete vezes que o dilúvio passasse. Quando Armanda Passos espremeu a tinta branca, a pomba voltou à sua mão. E o pincel muito fino trouxe-lhe o ramo de oliveira no bico. A Terra voltara a equilibrar-se. Assim pintou Armanda Passos, profundamente ecologista, “Somos todos seres vivos. Vivemos todos no mesmo planeta. Nós somos seres de figuração.”
Casa Armanda Passos
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